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João Cabral de Melo Neto

Nome: João Cabral de Melo Neto
Data de nascimento: 06/01/1920
Data de falecimento: 15/08/1999
Natural de: Recife − PE
Local de falecimento: Rio de Janeiro − RJ
Profissões: Poeta, ensaísta e diplomata.
Locais de residência:
  • Barcelona:   
o        Vice Cônsul no Consulado Geral do Brasil em Barcelona (1947-1950)
o        Cônsul adjunto no Consulado Geral do Brasil em Barcelona (1956-1958)
o        Cônsul Geral no Consulado Geral do Brasil em Barcelona (1967-1968)
  • Londres:
o        Cônsul no Consulado Geral do Brasil em Londres (1950-1952)
  • Sevilha:
o        Pesquisas históricas no Arquivo das Índias de Sevilha (1956-1958)
o        Cônsul do Brasil no Consulado em Sevilha (1962- 1964)
  •  Marselha (França):
o        Consulado Geral do Brasil em Marselha (1958-1960)
  • Madri:
o        Primeiro Secretário da Embaixada do Brasil em Madri (1960)
o        Primeiro Secretário da Embaixada do Brasil em Madri (1961-1962)
  • Genebra:
o        Conselheiro na Delegação do Brasil junto às Nações Unidas (1964-1966)
  •  Berna:
o        Ministro Conselheiro na Embaixada do Brasil em Berna (1966-1967)
  •  Assunção:
o        Ministro Conselheiro na Embaixada do Brasil em Assunção (1969-1972)
  • Dacar (Senegal):
o        Embaixador do Brasil em Dacar (1972-1976)
  • Nouakchott (Mauritânia)
o        Embaixador do Brasil em Nouakchott (1972-1976)
  • Bamako (Mali):
o        Embaixador do Brasil em Bamako (1972-1976)
  • Conacri (Guiné):
o        Embaixador do Brasil em Conacri (1972-1976)
* À época não havia embaixadas em Guiné e no Mali.
  •  Quito:
o        Embaixador do Brasil em Quito (1980 – 1981)
  • Tegucigalpa (Honduras):
o        Embaixador do Brasil em Tegucigalpa (1982- 1984)
  • Porto:
o        Cônsul Geral no Consulado do Brasil no Porto (1984- 1985)
o        Cônsul Geral no Consulado do Brasil no Porto (1986 – 1987)
*As embaixadas de Mali, Guiné, Mauritânia e Senegal foram simultâneas.

Minibiografia:
“João Cabral de Melo Neto foi poeta e ensaísta. Irmão do diplomata e historiador Evaldo Cabral de Melo (1936) e primo do sociólogo Gilberto Freyre (1900- 1987), autor de Casa Grande & Senzala, e dos poetas Manuel Bandeira (1886 - 1968) e Mauro Mota (1911 - 1984). Até os dez anos, o autor viveu em engenhos de açúcar em São Lourenço da Mata e Moreno, na Zona da Mata pernambucana. Voltou ao Recife, e estudou no colégio dos irmãos maristas até 1935. Aos 22 anos mudou-se para o Rio de Janeiro e publicou seu primeiro livro de poemas, Pedra do sono. Iniciou sua carreira diplomática em 1945 e viveu a maior parte do tempo fora do país, na Europa (Espanha, Inglaterra, Suíça, França, Portugal), na África (Senegal) e na América Latina (Paraguai, Equador, Honduras) − e aposentou-se em 1990. Em 1947, quando trabalhava em Barcelona, comprou uma impressora manual e, pelo selo O livro inconsútil, começou a editar obras de amigos brasileiros e espanhóis, assim como a sua  obra Psicologia da composição. Seu trabalho passou a ser mais conhecido em 1965, pois grupo do  Teatro da Universidade Católica (Tuca)  encenou Morte e vida Severina, peça baseada no poema homônimo, musicado por Chico Buarque (1944).
Em 1968 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL), e foi o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Camões, em 1990. Dois anos depois, recebeu o Neustadt International Prize for Literature, da Universidade de Oklahoma, Estados Unidos.
  • O autor escreveu pouco sobre a Inglaterra, “porém encontramos na sua obra inúmeros poemas sobre ou para poetas ingleses.” (Cabral, Inêz. 2016, p. 32)
  • “Do que viu e conheceu lá [Sevilha], resguardado em sua memória, nasceria grande parte de sua obra, com poemas presentes em quase todos os seus livros posteriores (Cabral, Inêz. 2016, p.40)
  • O autor compara o Mediterrâneo ao Nordeste. “O Mediterrâneo é tão seco quanto o Nordeste brasileiro. É uma região áspera, aquelas pedras, aquela vegetação rasteira assim como o mata-pasto daqui; é uma coisa quase que tão dura quanto a região do sertão. E, então, na beira do Mediterrâneo – que é o berço da civilização e de onde saiu tudo o que o homem fez – eu vi um pastor esmolambado pastoreando uma porção de cabras, de forma que, se eu tirasse uma fotografia ali, poderia dizer que era uma fotografia de um pastor do Moxotó, no interior de Pernambuco” (Entrevista à Tribuna do Norte, 14 de mar. 2011).
  • “Não escreveu a respeito de Honduras” (Cabral, Inêz. 2016, p.110), embora tenha escrito a respeito de todos os lugares nos quais morou.
  • “Apesar de gostar muito do Porto, escreveu pouco sobre Portugal” (Cabral, Inêz. 2016, p.111)
  • “Se eu não tivesse sido diplomata, minha literatura teria sido completamente diferente.” (apud Cabral, Inêz. 2016, p.118)
  • O autor se vale de suas experiências vividas na Espanha para poder escrever sobre o que ocorre no sertão nordestino. “Em Morte e vida Severina, Cabral retoma, por exemplo, uma história permeada por humor negro ocorrida na Espanha, em uma cidade chamada Soria”. (Menezes, Roniere. 2011, p.113).
  • “A produção poética do diplomata sofre constantes interferências dos encontros ocorridos em diversas partes do mundo e com representantes de distintas expressões artísticas e intelectuais. A poesia parece construir-se à deriva, em territórios assumidos como instâncias de passagem. O Brasil, entretanto, permanece norteando a criação estética” (Menezes, Roniere. 2011, p. 115)
  • “Os escritores diplomatas articulam, pelas margens dos mecanismos oficiais de poder, às vezes em países distantes, encontros inusitados entre proposições artísticas e intelectuais. Dessa forma, contribuem para a construção de novas modelagens culturais que se firmam no espaço brasileiro, nos campos do teatro, da música e da literatura”. (Menezes, Roniere. 2011, p.117)
  • “Mesmo com presença menor nas criações do poeta, a música aparece em sua obra por meio da incorporação de ritmos e de melodias populares do Nordeste do Brasil e da Espanha” (Menezes, Roniere. 2011, p. 119)
Obras:
  • Poesia.
Livros avulsos

Pedra do sono. Recife: Edição do autor, 1942.
Esse foi o primeiro livro de poemas publicado por João Cabral de Melo Neto. Nele, encontram-se poemas que tratam de diferentes assuntos, tais como a descrição de estados oníricos. Além disso, esse livro possui uma forte influência surrealista.
Os três mal-amados. Rio de Janeiro. Revista do Brasil, nº: 56, dezembro, 1943, p. 64- 7.
Esse livro mostra personagens que, assim como os personagens do poema “Quadrilha” de Drummond, amam pessoas que não os amam. Nesse poema João e Raimundo descrevem as mulheres amadas e as sensações que têm enquanto as veem próximas, mas ao mesmo tempo distantes. Enquanto isso, Joaquim descreve o que o amor não correspondido faz com o ser humano.
O engenheiro. Rio de Janeiro: Amigos da Poesia, 1945.
Esse livro reúne poemas do autor, dentre os quais está o poema “O engenheiro”, no qual ele compara o fazer poético com o oficio da engenharia.
Psicologia da composição com a Fábula de Anfion e Antiode. Barcelona: Editora O Livro Inconsútil, 1947.
Esse livro possui três temas, relacionados a cada poema do livro. O primeiro poema é “Psicologia da composição”, nesse o autor faz reflexões a respeito do fazer poético. No segundo poema “Fábula de Anfion”, o personagem principal procura desfazer-se da afetividade em suas poesias. Já no ultimo, “Antiode”, o poeta procura colocar a sua poesia em uma posição contraria àquilo que era entendido como poesia profunda.
O cão sem plumas. Barcelona: Editora: O Livro Inconsútil, 1950.
Esse livro tem como tema a degradação do rio Capibaribe, um dos mais importantes da cidade de Recife. Além disso, também são tratados temas relacionados a questões sociais e questões da natureza humana.
O Rio ou relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à Cidade do Recife. São Paulo: Edição da Comissão do IV Centenário de São Paulo, 1954.
Esse livro é narrado pelo próprio Rio Capibaribe. Nele, o rio conta toda a sua trajetória, desde sua nascente no sertão nordestino até a chegada em Recife.
Quaderna. Lisboa: Guimarães Editores, 1960.
Esse livro possui poemas escritos entre 1956 a 1959. Nesses poemas alguns assuntos como o estado de Pernambuco e a mulher são recorrentes.

Dois parlamentos. Madri: Edição do autor, 1961.
Esse livro é divido em duas partes. A primeira é a respeito de um congresso no Polígono da Seca, onde o autor compara o sertão com um cemitério autossuficiente. A segunda parte é a festa na casa-grande, nessa parte o autor fala das pessoas que vivem no engenho.
A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966.
Esse livro é dividido em quatro partes: a) Nordeste, b) Não nordeste, A) Nordeste e B) Não nordeste. Nas partes nas quais o autor não versava sobre o nordeste, ou seja, as parte b) e B), ele tratava das suas experiências de vida na Espanha.
Museu de tudo, Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1975.
Esse livro traz uma temática variada. Os poemas tratam de assuntos como escritores, futebol, aspirina, cidades, viagens, e amigos. Mas também discutem o tempo e a função da poesia, retomando questões que sempre foram prezadas pelo autor.
A escola das facas. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1980.
Tema: Esse livro apresenta quarenta e quatro poemas nos quais o autor versa sobre Pernambuco. São poemas que retomam questões conhecidas do autor, como o rio, o sertão e povo.
Auto do frade. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1983.
Nesse livro o autor conta como Frei Caneca atuou na Revolução Constitucionalista de Pernambuco e foi levado à execução.
Agrestes. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1985.
Esse livro retoma questões comuns à obra do autor. Nesse livro o poeta trata de Pernambuco de forma nostálgica e fala da Espanha, especialmente Sevilha. Além disso, ele versa sobre outros grandes escritores; descreve as impressões que teve sobre a África e também, trata a respeito da morte. 

Crime na Calle Relator. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1987.
Esse livro traz vinte e cinco histórias pequenas, com cunho realista e, lançando mão do humor, o autor relata situações reais que aconteceram em diferentes cidades da Espanha.

Sevilha andando. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1989.
Nesse livro o poeta se concentra em escrever apenas sobre a cidade de Sevilha.

Primeiros poemas. Rio de Janeiro: Editora Faculdade de Letras da UFRJ,  1990.
Esse livro traz os primeiros poemas do autor.

Ilustrações para fotografias de Dandara. Rio de Janeiro: Editora Alfaguara, 2011.
Esse livro apresenta poemas feitos pelo autor para sua neta.

Notas sobre uma possível “A casa de farinha”. Rio de Janeiro: Editora: Alfaguara, 2013.
Esse livro traz um poema inacabado de João Cabral de Melo Neto. Nele é possível observar o processo de criação de um poema; além disso, são apresentadas as anotações do autor a respeito da obra.
  • Obras reunidas
Poemas reunidos. Rio de Janeiro: Editora Orfeu, 1954.
Livro que traz vários poemas do autor.

Duas águas. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1956.
Esse livro reúne as seguintes obras: Morte e vida Severina, Paisagens com figuras e Uma faca só lâmina.
Terceira feira. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1961.
Esse livro reúne as seguintes obras: Quaderna, Dois parlamentosainda inéditos no Brasil, e um novo livro, Serial. Neles o autor trata a respeito de Pernambuco e Sevilha, de uma forma nova.
Poesias completas 1940-1965. Rio de Janeiro: Editora Sabiá, 1968.
Esse livro reúne todas as poesias que o autor escreveu entre 1940 e 1965
Poesia completa. Lisboa: Editora Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1986.
Esse livro reúne todas as poesias do autor até o ano no qual foi publicado.

Museu de tudo e depois. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988.
Esse livro reúne poesias que o autor escreveu entre 1967 e 1987.
Serial e antes. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1997.
Neste livro estão reunidos os seguintes poemas: Serial, Dois parlamentos, Quaderna, Uma faca só lâmina, Morte e vida Severina, Paisagens com figuras, O rio, O cão sem plumas, Psicologia da composição, O engenheiro, Os três mal-amados e Pedra do sono.
A educação pela pedra e depois. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1997.
Neste livro estão reunidos os seguintes poemas: A educação pela pedra, Museu de tudo, A escola das facas, Auto do frade, Agrestes, Crime na calle Relator, Sevilha andando e Andando Sevilha.
O cão sem plumas. Rio de Janeiro: Editora Alfaguara, 2007.
Neste livro estão reunidos os poemas: Pedra do sono, Os três mal-amados, O engenheiro, Psicologia da composição e O cão sem plumas.
Morte e vida Severina. Rio de Janeiro: Editora Alfaguara, 2007.
Tema: Esse livro inclui poemas que têm como tema a seca no sertão nordestino, dando voz aos retirantes que vão em direção a Recife; “O rio”, poema no qual o próprio rio conta sobre a paisagem árida a sua volta; “Paisagens com figuras”,  poema no qual o autor mistura Pernambuco e Espanha e, finalmente, “Faca sem lâmina”, que trata dos desafios da escrita poética.
A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Editora Alfaguara, 2008.
Nesse livro têm-se as obras Quaderna, Dois parlamentos, Serial e A educação pela pedra.
Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 2008. Organizado por Marly de Oliveira.
Este livro traz a poesia e prosa completa de um dos principais poetas da língua portuguesa do século XX. O volume traz ainda cronologia da vida e obra do autor e bibliografia, além de um prefácio assinado pela organizadora.
A escola de facas e Auto do frade. Rio de Janeiro: Editora: Alfaguara, 2008.
Esse livro traz duas obras do poeta: A escola de facas e Auto do frade.
Crime na calle Relator e Sevilha andando. Rio de Janeiro: Editora Alfaguara,  2011.
Nessa coletânea têm-se duas obras do autor: Crime na calle Relator e Sevilha andando.
  • Antologias
Poemas escolhidos. Lisboa. Portugália Editora, 1963. Seleção por: Alexandre O’ Neil.
Esse livro traz uma seleção de poemas do autor.
Antologia poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1965.
Tema: esse livro reúne vários poemas do autor.
Morte e vida Severina e outros poemas em voz alta. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966.
Os poemas contidos nesse livro foram feitos para serem lidos em voz alta. O livro é dividido em três partes: Bailes, Dois Parlamentos, Morte e Vida Severina. O primeiro contempla seis poemas: “Velório de um comendador”; “O relógio”; “Generaciones y Semblanzas”; “O motorneiro de Caxangá”; “Sevilha” e “Jogos frutais”. O segundo constitui-se de: “Congresso no Polígono das Secas” e “Festa na Casa-Grande”. E o último, um dos trabalhos mais populares de João Cabral, compõe-se de um longo poema único, em forma de “auto”, dividido em duas partes: a primeira tem por título o nome do capítulo e do livro; a segunda se intitula “O Rio”.
Literatura comentada. São Paulo: Editora Abril Educação, 1985. Seleção: José Fulaneti Nadai.
Nesse livro o autor trata da realidade nordestina, fazendo críticas sociais. Além disso tem-se comentários feitos por José Fulaneti Nadai, Samira Youssef Campedelli (pós-graduada em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo) e Benjamin Abdala Jr. (doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo).
Poesia crítica. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1982.
Esse livro aprofunda o diálogo entre alguns aspectos da dimensão visual dos textos do autor e o ideal estético do pintor holandês Piet Mondrian. O eixo principal desta aproximação é o conceito de “matemática plástica” que Mondrian utiliza em sua pintura.
Os melhores poemas. São Paulo: Editora Global, 1985. Seleção: Antonio Carlos Secchin.
A coletânea reúne toda a produção de João Cabral de Melo Neto, desde Pedra do sono (1941) até Auto do frade (1984).
Poemas pernambucanos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira/Centro Cultural José Mariano, 1988.
Nesse livro o autor escreve sobre vários lugares do estado de Pernambuco: do litoral ao sertão, atravessando a Zona da Mata e acompanhando o rio Capibaribe. As descrições geográficas juntam-se à imagem do povo nordestino em poemas que unem a preocupação com a forma e um senso de injustiças sociais.
Poemas sevilhanos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1992.
Os poemas reunidos nesse livro retratam a cultura e as tradições sevilhanas. Um universo de ciganos, touradas e bailadoras de flamenco, emoldurado pela paisagem agreste da Andaluzia.
Entre o sertão e Sevilha. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. Seleção: Maura Sardinha.
Esse livro possui poemas que tratam do local de nascimento do autor, Pernambuco, e da cidade pela qual ele tinha um enorme apreço, Sevilha.
O poeta inconfessável. Rio de Janeiro: Editora Alfaguara, 2007.
Esse livro é um tipo de autobiografia poética de João Cabral de Melo Neto, revelando a faceta mais familiar e intimista do autor.
Poemas para ler na escola. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.
Esse livro tem como objetivo aproximar os estudantes do ensino médio das obras de nomes fundamentais da literatura brasileira.
  • Prosa
Considerações sobre o poeta dormindo. Recife: Editora Renovação, 1941.
Juan Miró. Barcelona: Editions de l’Oc, 1952. Com gravuras originais de Juan Miró.
Esse livro é um ensaio crítico. Nele o autor fala sobre alguns artistas e também sobre a obra de Juan Miró.
Aniki Bobó. Recife: Editora s.n, 1958.
Esse livro traz poemas de João Cabral e ilustrações de Aloísio Magalhães. Ele tem como tema um pássaro, Aniki Bobó. João Cabral dizia que esse livro pertencia a Aloísio Magalhães e que ele – João Cabral –  ilustrou o livro com suas poesias.
O arquivo das Índias e o Brasil. Rio de Janeiro: Editora do Ministério das Relações Exteriores, 1966.
Esse livro traz documentos e pesquisas feitas por João Cabral sobre a história do Brasil enquanto esteve em Sevilha.
Guararapes. Recife: Editora da Secretaria de Cultura e Esportes, 1981.
Poesia e composição. Coimbra: Fenda Edições, 1982.
Conferência realizada na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, de São Paulo, em 1952. Esse livro trata do fazer poético, ou seja, do ato de escrever poemas.
Ideias fixas. Rio de Janeiro: Editora: Nova Fronteira/Fundação Biblioteca Nacional, 1998. Organização: Félix de Athayde.
Esse livro reúne os assuntos que são recorrentes nos poemas de João Cabral, em forma de verbetes, como em um dicionário.
Prosa. Rio de Janeiro:. Editora Nova Fronteira, 1998.
Tema: Esse livro reúne desde textos do início dos anos 40 até textos da década de 90.
Correspondência de Cabral com Bandeira e Drummond. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira/Casa Rui Barbosa, 2001. Organização: Flora Süssekind.
Esse livro reúne cartas trocadas entre João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.  A obra é dividida em duas partes e possui 104 documentos no total.
Premiações e distinções:
  • Prêmios literários
Prêmio de melhor autor no Festival de Teatro do Estudante, em Recife (1958)
Prêmio Jabuti, na categoria Poesia, com a obra A educação pela pedra (1967)
Prêmio Jabuti, na categoria Poesia, pelo livro Poemas sevilhanos (1993)
Prêmio de Melhor Autor Vivo no 4º Festival Universitário em Nancy por Morte e vida Severina (1966)
Prêmio Luisa Cláudio de Souza, do Pen Clube pela obra A educação pela pedra (1967)
Prêmio do Instituto Nacional do Livro, pela obra A educação pela pedra (1967)
Prêmio José de Anchieta, de poesia, do IV Centenário de São Paulo, pela obra O rio (1954).
Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras (1955).
Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro (1993).
Prêmio Camões de Literatura (1990)
Neustadt International Prize for Literature, da Universidade de Oklahoma (1992)
Prêmio Reina Sofía de Poesia Iberoamericana (1994)
Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da obra (1988)
Prêmio da União Brasileira de Escritores pelo livro Crime na Calle Relator (1988)
Prêmio Moinho Recife, em 1984 Auto do Frade.
Grande Prêmio de Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte pela obra Museu de tudo (1975)
Prêmio Pedro Nava, pelo livro Sevilha andando (1991)
Prêmio Casa das Américas, concedido pelo Estado de São Paulo (1992).

Condecorações:

Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco (1974)
Medalha de Humanidades do Nordeste (1975)
Grande Oficial da Ordem do Mérito do Senegal (1976)
Grande Oficial da Ordem do Leão do Senegal (1979)
Ordem do Mérito de Guararapes, sendo condecorado com a Grã-Cruz da Ordem (1980)
Recebe a Comenda do Mérito Aeronáutico e a Grã-Cruz do Equador (1980).
Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1982)
Eleito para a Academia Pernambucana de Letras (1990)
Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário e do Trabalho (1990)
Recebe do embaixador espanhol a Grã-Cruz da Ordem de Isabel, a Católica, na Casa da Espanha (1992)

Bibliografia Consultada:

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. João Cabral de Melo Neto. Bibliografia. Disponível em: <http://www.academia.org.br/academicos/joao-cabral-de-melo-neto/bibliografia>. Acesso em 12 de Ago. de 2017.

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. João Cabral de Melo Neto. Biografia. Disponível em: <http://www.academia.org.br/academicos/joao-cabral-de-melo-neto/biografia>. Acesso em: 12 de Ago. de 2017.

BAND. Entretenimento. Arte 1 faz homenagem a João Cabral de Melo Neto, 11 de outubro de 2010. Disponível em: <http://entretenimento.band.uol.com.br/tv/noticia/?id=100000713384&t=arte-1-homenageia-jo%C3%A3o-cabral-de-melo-neto>.  Acesso em: 20 de Ago. de 2017.

BIBLIOTECA NACIONAL. Prêmio Camões de Literatura. Disponível em: <https://www.bn.gov.br/explore/premios-literarios/premio-camoes-literatura>. Acesso em: 16 de Ago. de 2017.

CABRAL, Inêz. A literatura como turismo/João Cabral de Melo Neto. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2016.

JOÃO Cabral de Melo Neto. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa3026/joao-cabral-de-melo-neto>. Acesso em: 08 de Ago. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7


FRAZÃO, Dilva. Biografia de João Cabral de Melo Neto. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/joao_cabral_de_melo_neto/>. Acesso em 10 de Ago. de 2017.

GUEDES, Diogo. Editora reedita o raro Aniki Bobó de João Cabral de Melo Neto. JC online, 01 de jan. de 2017. Disponível em: <http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/literatura/noticia/2017/01/01/editora-reedita-o-raro-aniki-bobo-de-aloisio-magalhaes-e-joao-cabral-265194.php>. Acesso: 13 de Ago. de 2017

MENEZES, Roniere. O traço, a letras e a bossa: Literatura e diplomacia em Cabral, Rosa e Vinicius. Belo Horizonte: Editora UFMG,2011.

NOGUEIRA, Arnaldo. João Cabral de Melo Neto. Disponível em: <http://netsaber.com.br/biografias/biografia-4706/biografia-de-joao-cabral-de-melo-neto>. Acesso em: 10 de Ago. de 2017.

PRÊMIO JABUTI. Prêmio Jabuti de 1993. Disponível em: < http://premiojabuti.com.br/premiados-por-edicao/premio-1993/>. Acesso em 13 de Ago. de 2017

PRÊMIO JABUTI. Prêmio Jabuti de 1967. Disponível em: <http://premiojabuti.com.br/premiados-por-edicao/premio-1967/>. Acesso em: 13 de Ago. de 2017.

UNICAMP. Tuca comemora os quarenta anos de Morte e Vida Severina, 22 de setembro de 2005. Disponível em: <http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=43>. Acesso em: 20 de Ago. de 2017.

Pesquisa realizada por Else R. P. Vieira e Thaís do Rosário Paiva

©Else R. P. Vieira
Coordenadora do Projeto Integrado “Escritores Brasileiros no Exterior: residência diplomática, literária e acadêmica”, patrocinado pela CAPES/Ministério da Educação, entre as Universidades de Londres (Queen Mary College) e Federal de Juiz de Fora (Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários)

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